Sem desagradar ou ofender, Jason Statham amadurece em “Resgate Implacável”
Não há mal algum quando um ator decide se engajar em um único gênero, como é o caso de Statham, que assim como outros antes dele fizeram isso e mantiveram uma constância de trabalhos dado o sucesso dessas parcerias com os mais variados diretores, e aqui não seria diferente, pois como um bom filme B de ação, temos diversão garantida de forma decente e atrativa, mesmo que não excepcional.

Na trama seguimos Levon Cade (Jason Statham), um ex-agente de operações secretas que abandonou sua perigosa profissão para viver de forma simples e trabalhar na construção civil, dedicando-se integralmente à criação de sua filha. No entanto, sua nova vida é abalada quando Jenny, a filha adolescente de seu chefe, desaparece misteriosamente. Relutante, Levon é forçado a resgatar as habilidades que o tornaram lendário no submundo das missões secretas. Ao investigar o desaparecimento da jovem universitária, ele se depara com uma conspiração criminosa sinistra, que se estende além do que ele imaginava. Em meio a uma teia de intrigas e violência, Levon precisa confrontar seu passado para proteger os inocentes, enquanto lida com os riscos que essa missão traz para a nova vida que leva e sua própria filha. Em meio à adrenalina e aos perigos, Levon Cade prova que, às vezes, as habilidades mais letais são as únicas ferramentas para salvar aqueles que ama.

David Ayer, diretor que infelizmente ficou marcado pelo fracasso de Esquadrão Suicida (2016), é preciso relembrar, tem trabalhos bastante atrativos e condizentes com seu entendimento do cinema de ação com uma certa dose de drama como pano de fundo. Foi interessante observar na narrativa de “Resgate Implacável” uma certa apresentação de um lado diferente de Jason com relação a sua questão familiar, e diria até com nuances diferentes quando ele se apresenta na porrada e no contexto em que ele não possui a guarda da filha. Claro que dando as devidas proporções, não se trata de um tratamento absolutamente excelente sobre como isso funciona, mas existe uma intenção clara em dar novos contornos não óbvios a isso, como recusar fazer um certo final alternativo, que ao meu ver foi uma decisão louvável.

Bem coreografado, o filme tem cenas interessantes de brigas, com tiros e perseguições, mas nada que não saísse do padrão do orçamento. Não se trata de um novo John Wick ou coisa do tipo, mas para aqueles que desejam um certo flerte com esse tipo de situação que foge da trama de vingança, é uma boa pedida dar uma chance a este longa. Quando por exemplo, a jovem Jenny feita por Arianna Rivas, mostra ser muito além de uma garota indefesa que foi sequestrada para tráfico humano, mesmo que toda a narrativa ainda se retrinja a superfície de um certo submundo que envolkve tráfico de drogas e humano, além de uma certa organização poderosa que atua no mundo do crime, aos moldes de uma certa franquia aqui já mencionada.
Dito isto, temos um bom filme de ação que, como era de se esperar, não se aprofunda em sua própria mitologia – se é que ela exista – mas que tem os predicados necessários para estar no cinema naquela sessão matinê que funciona por um instante ao menos.
Nota do crítico:

Título: Resgate Implacável
Duração: 1h56min
Gênero: Ação, Suspense
Onde Assistir: Cinema
Sinopse: Levon Cade (Jason Statham) é um ex-agente de operações secretas que abandonou sua perigosa profissão para viver de forma simples e trabalhar na construção civil, dedicando-se integralmente à criação de sua filha. No entanto, sua nova vida é abalada quando Jenny, a filha adolescente de seu chefe, desaparece misteriosamente. Relutante, Levon é forçado a resgatar as habilidades que o tornaram lendário no submundo das missões secretas. Ao investigar o desaparecimento da jovem universitária, ele se depara com uma conspiração criminosa sinistra, que se estende além do que ele imaginava. Em meio a uma teia de intrigas e violência, Levon precisa confrontar seu passado para proteger os inocentes, enquanto lida com os riscos que essa missão traz para a nova vida que leva e sua própria filha. Em meio à adrenalina e aos perigos, Levon Cade prova que, às vezes, as habilidades mais letais são as únicas ferramentas para salvar aqueles que ama.