CRÍTICA | THE ALTO KNIGHTS – MÁFIA E PODER

Até decente, o novo material baseado numa história real da queda da máfia americana se sustenta pelo talento duplo de Robert De Niro

Barry Levinson já não fazia um longa há pelo menos 10 anos, sendo que tem na carreira filmes consolidados na história do cinema como, Rain Man e Bom Dia, Vietnã. Aqui ele se junta a um time já experimentado no mundo do filme sobre máfia, desde o roteirista aos produtores, e ainda que não seja fã do gênero eu posso dizer que saí surpreendido da sessão, mesmo que no salto geral a produção seja um tanto quanto pálida, mas sustentada pela dupla e díspar interpretação de De Niro, que por si só já vale o ingresso.

Em The Alto Knights: Máfia e Poder, acompanhamos a disputa pelo controle do submundo criminoso de Nova Iorque por dois dos maiores mafiosos da cidade: Frank Costello (Robert De Niro) e Vito Genovese (Robert De Niro). Melhores amigos na infância, os dois cresceram juntos, vindo de famílias ítalo-americanas. Atualmente concorrentes, Costello e Genovese possuem temperamentos e ideias bem diferentes de como administrar seus negócios. Enquanto Frank Costello é benevolente e busca uma vida diferente apesar de seus esquemas fraudulentos, Vito Genovese é o típico gângster de pavio curto que confia em poucos. Uma série de desconfianças, traições e ciúmes mesquinhos distanciaram os dois e agora os coloca diante de caminhos perigosos que transformará a máfia para sempre.

É preciso dar um certo contexto sobre como esse filme surgiu, já que no mundo de hoje esse tipo de narrativa deixou de ser um tanto quanto atraente ao grande público, logo, como 45 milhões de dólares foram gastos aqui? O roteirista Nicholas Pileggi é amigo de David Zaslav, o chefe da Warner Bros. Discovery, logo, manda quem pode, obedece quem tem juízo. Sem grandes novidades em torno do contexto, o  roteiro até tem certos diálogos inspirados em alguns momentos e coloca como pano de fundo todo uma linha do tempo do auge a queda da máfia americana nas personagens interpretadas por De Niro, que ainda que use próteses em um deles, isso não prejudica a capacidade do ator em entregar nuances dos dois líderes criminosos. É esse o ponto alto do filme, ainda que o restante padeça. 

Graças aos seu orçamento até apertado, as locações são um tanto quando pobres e econômicas, além de que os personagens coadjuvantes estão resumidos a cenas muito simples com algumas falas que elevam justamente o ator principal e o que leva todo aquele esquema pra frente e os conflitos por trás da disputa de poder entre o mais calmo e esquentado, coisa que Robert consegue imprimir muito bem já que é sabido e reconhecido pelo seu portfólio nesses longas. Mas é aquela coisa. Irá agradar um público hoje que pouco ou nada se importa sobre o comportamento do crime que hoje está bem mais sofisticado que no passado? Acho complicado, já que nem mesmo paralelos sobre como esse tipo de organizações se aperfeiçoaram para outros patamares pode ser feito, e seu recorte se resume a uma quase biografia dessas figuras, que ninguém se importa agora ou irá se importar depois.

Nota do crítico: 

GiERr5-WIAAUVvI

Título: The Alto Knights – Máfia e Poder

Duração: 2h00min

Gênero: Drama, Policial, Suspense

Onde Assistir: Cinemas

Sinopse: Em The Alto Knights: Máfia e Poder, acompanhamos a disputa pelo controle do submundo criminoso de Nova Iorque por dois dos maiores mafiosos da cidade: Frank Costello (Robert De Niro) e Vito Genovese (Robert De Niro). Melhores amigos na infância, os dois cresceram juntos, vindo de famílias ítalo-americanas. Atualmente concorrentes, Costello e Genovese possuem temperamentos e ideias bem diferentes de como administrar seus negócios. Enquanto Frank Costello é benevolente e busca uma vida diferente apesar de seus esquemas fraudulentos, Vito Genovese é o típico gângster de pavio curto que confia em poucos. Uma série de desconfianças, traições e ciúmes mesquinhos distanciaram os dois e agora os coloca diante de caminhos perigosos que transformará a máfia para sempre.

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