MAXXXINE CRÍTICA

MAXXXINE | CRÍTICA

No que parecia ser o ápice da trilogia, MaXXXine acaba sendo uma estrela que logo se apaga, veja a crítica.

Criado a partir de uma ideia original de Ti West, a trilogia X acabou se tornando um evento viral da cultura pop que ressoou como nunca antes na história das redes sociais. Muito graças ao próprio gênero do terror, que em si já reside grande parte de fãs habituais do cinema, e ao carisma das estrelas envolvidas. Claro, como a proeminente neta da atriz brasileira Maria Gladys, Mia Goth. Porém, indeciso sobre o que é, a última parte da franquia acaba passando a péssima impressão do desapontamento.

Aqui, temos a aspirante a atriz, Maxine Minx, a única sobrevivente de uma filmagem pornô que deu errado há alguns anos. Ela decide seguir sua jornada rumo à fama mesmo depois do acontecido. Situado na década de 1980, em Hollywood, a estrela de cinema adulto começa a fazer testes para papéis no cinema e consegue uma vaga em uma sequência de terror de baixo orçamento, agarrando a oportunidade com todas as suas forças. Mas enquanto isso, Maxine se torna alvo da investigação de um detetive particular e um misterioso assassino, conhecido como Night Stalker, que persegue as estrelas de Hollywood, deixando um rastro de sangue que ameaça revelar o passado sinistro de Maxine. Porém, ela não pretende deixar que esses problemas impactem sua bela carreira.

Na premissa, uma ótima ideia do que poderia ter sido este filme, mas na execução, uma realidade completamente oposta se concretiza. O diretor Ti West parece largar sua criação à própria sorte, quando um pouco depois do primeiro ato – uma grande ilusão do pujante mistério apresentado – passa a colocar a partir daí facilidades de roteiro que apresentam nos minutos seguintes um longa desconjuntado nos seus próprios arcos dramáticos. É um mistério de assassinato? Estou querendo colocar um tradicional slasher na telona?

Não, isso aqui é uma a produção reverência/referência e em meio a isso, tem sustos e mortes. Não, nada disso do meio em diante se coloca à disposição para entreter ou de sequer fazer sentido. O resultado é um desperdício enorme até mesmo com os talentos envolvidos aqui, no que é nada menos do que um dos melhores elencos do ano completamente perdido por completo, e nem mesmo Mia Goth sai ilesa dessa situação.

A neta da atriz brasileira Maria Gladys mostra disposição quando se revela ainda mais segura no papel que praticamente já marcou sua carreira para sempre. Sua Maxine Minx está mais dona de si, comprometida com seus planos e de como alcançar seus sonhos, e tudo isso é bastante crível e Goth transmite essa verdade com facilidade, mas a sabotagem do roteiro é tão grande que isso vai para o ralo quando a construção do clímax – se é que podemos chamar aquilo de construção – mostra uma desmantelo da apresentação que garantia ao menos um bom divertimento sobre que mistérios aquela Los Angeles esconde e de como a violência se institucionalizou com uma polícia inoperante, tudo isso embalado com uma indústria do entretenimento cada vez mais feroz e que se consome do consumo desenfreado e cada vez mais consolidado no seio da América. O discurso sobre moralidade, fé e sexualidade é completamente perdido como quem vive naquele lugar: sai completamente moído.

Tudo então se mostra como uma decepção, e isso é uma pena.

Nota do crítico: 

MAXXXINE CRÍTICA

Título: MaXXXine

Duração: 1h44

Gênero: Terror, Suspense

Onde Assistir: Cinema

Sinopse:

Na década de 1980, em Hollywood, a estrela do cinema pornográfico Maxine Minx tem sua grande chance de atingir o estrelato. No entanto, um misterioso assassino em série persegue as celebridades de Los Angeles e um rastro de sangue ameaça revelar o passado sinistro de Maxine.
 

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