TÔ DE GRAÇA CRÍTICA

TÔ DE GRAÇA | CRÍTICA

Totura não é entretenimento, e isto resume Tô de Graça, a nova bomba do cinema nacional, confira a crítica.

A prisão ao qual o cinema nacional está, principalmente no de humor, é um caminho que parece sem volta, sem ponto de retorno, o que nos leva a uma discussão séria: devemos prestigiar o cinema nacional? Óbvio que sim, mas na existência de filmes como ‘Tô de Graça’, fica difícil defender. Estereotipado ao extremo, o momento ao qual as comédias nacionais se encontram só as colocam num nível subterrâneo, e dissipam qualquer intenção de divertir.

Na “trama”, Graça (Rodrigo Sant’Anna) é uma mãe de 14 filhos e moradora do subúrbio do Rio de Janeiro. A premissa é a mesma da série que foi ao ar no canal Multishow. Depois de ganhar uma indenização inesperada, ela decide torrar o dinheiro levando toda a família para um feriadão em Búzios-RJ. Agora distante da comunidade onde se passaram as seis temporadas dessa personagem icônica, Graça mostrará várias confusões causadas pela família que quer aproveitar a viagem ao máximo.

Primeiro de tudo: existe uma diferença muito clara quando um filme cômico usa de situações do cotidiano para fazer rir, mesmo que seja baseada em uma série anteriormente veiculada na TV. Quando se faz essa transição de uma mídia para outra, a receita – que em tese seria de sucesso – não se aplica quando esse enredo vai para o cinema, e o resultado é esse longa sofrível, que se dividido fosse, seria um episódio duplo especial para o canal que lançou originalmente essa produção.

Cheio de erros grosseiros com contexto e formatação de suas personagens, venho por meio dessa crítica falar por experiência própria: eu não ri em nenhum momento do que vi ao longo de 1h40min, e isso demonstra o total fracasso nessa proposta vazia de humor, que busca de maneira fácil retratar algo que encontramos nas ruas das mais diversas comunidades deste país, mas não nesse retrato fajuto do que se imagina ser pertencente à um ambiente simples e feito de pessoas verdadeiramente comuns. Tudo cai por terra.

Não seria apenas a falta de verossimilhança o problema aqui, mas tudo em torno representa uma auto sabotagem que se tornou contumaz nas produções nacionais, baseadas em ideias geniais pouco ou quase nada divertidas, baseadas unicamente em trejeitos e chavões repetitivos. Espero que O Auto da Compadecida 2 seja o salvador da lavoura, pois a situação está periclitante.

Nota do crítico: 

TÔ DE GRAÇA CRÍTICA

Título: Tô de Graça

Duração: 1h40

Gênero: Comédia

Onde Assistir: Cinema

Sinopse: Na trama,Graça (Rodrigo Sant’Anna) é uma mãe de 14 filhos e moradora do subúrbio do Rio de Janeiro. Depois de ganhar uma indenização inesperada, ela decide torrar o dinheiro levando toda a família para um feriadão em Búzios-RJ. Agora distante da comunidade onde se passaram as seis temporadas dessa personagem icônica, Graça mostrará várias confusões causadas pela família que quer aproveitar a viagem ao máximo..

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