TWISTERS CRÍTICA

TWISTERS | CRÍTICA

O ano era 1996 e um filme fez o verão norte americano ficar frenético: Twisters, veja a crítica da nova versão.

O cinema-catástrofe estava em um momento especial, naquele mesmo ano foram lançados ‘Independence Day’ e ‘O Inferno de Dante’ e a Sessão da Tarde teria material para deixar o público na ponta do sofá por bons anos. Na telinha, onde a maioria de nós assistimos, Helen Hunt dava vida à mocinha do Oklahoma obcecada por tornados desde que viu o pai partir em um deles. Com cenas apocalípticas e efeitos especiais revolucionários para a época, o sucesso parecia ter ficado no passado e apenas na memória até hoje.

Novos tornados, velhos dilemas

Oklahoma continua sendo o cenário quase idílico, um lugar em que os ventos tocam a terra e a força da natureza consegue vencer todos os duelos. Kate Carter (Daisy Edgar-Jones) e seu grupo de amigos são pesquisadores em busca de uma bolsa de doutorado, usando ferramentas já conhecidas e uma nova estratégia, sua equipe está em busca de um tornado para testar a possibilidade de deterioração da força destruidora.

Tudo sai conforme o não planejado e ao perder quase todos os amigos, Kate sobrevive ao caos do tornado, mas sucumbe à própria mente e se afasta das terras e das aventuras de caçar tornados em Oklahoma, indo para Nova Iorque trabalhar como meteorologista.

TWISTERS CRÍTICA

Kate é uma mocinha peculiar e muito bem construída por Daisy, o filme é dela, ainda que a dinâmica com Glen Powell e seu ótimo Tyler Owens engrandeça bastante o longa. É através de Kate, de seu fascínio, respeito e terror pelos tornados, que entendemos e voltamos ao primeiro filme, é impossível explicar como nasce algo tão poderoso, mas será que é possível destruir a paixão por algo tão destruidor e, na mesma proporção, mágico?

Enquanto Kate enfrenta seus próprios demônios estando de volta ao caos, Tyler desfruta da loucura com uma câmera na mão sorrindo, ele é o herói destemido que também pode ser o inconsequente. A junção dos dois personagens causa a evolução de ambos, como em um bom filme de romance, afinal, o que pode ser o amor senão o encontro de dois ventos em direção oposta?

O filme ganha um novo ritmo com a junção deles em busca de refazer a fórmula que pode ajudar a reduzir os danos causados pelos ciclones. A química de Powell com Jones é evidente, forte e gostosa de assistir e não entrega tudo tão facilmente, afinal, estamos no meio de uma situação mortífera, às vezes a gente não tem tempo para paquera, é preciso salvar o mundo.

Twisters é mais do que um presente para os fãs do primeiro filme, com cada referência sutil (as camisas que o time de Owens vendem diz: esse não é nosso primeiro tornado) ou óbvia (como o uso de Doroth, a máquina do primeiro longa), em quase duas horas vamos da alegria da amizade, o desespero de perder, o medo do já conhecido, o respeito pelo poder alheio e a coragem de tentar mudar o que sobrou, porque, no roteiro de Mark L. Smith, Joseph Kosinski e Michael Crichton (nomes fortes que já nos trouxeram Top Gun: Maverick e o próprio Twister de 1996) fica claro que por mais que não possamos deter a devastação das forças naturais, tentar salvar os que amamos é o que nos livra da nossa devastação interna.

Vale mencionar também a boa direção de Lee Isaac Chung e a trilha sonora cativante, se você não se encantar pelo Oklahoma ao final da película, vai ter ao menos se encantado pela humanidade que desafia o medo e vai em busca de domar o indomável.

Nota do crítico: 

TWISTERS CRÍTICA

Título: Twisters

Duração: 2h2

Gênero: Ação, Thriller

Onde Assistir: Cinema

Sinopse: Edgar-Jones estrela como Kate Cooper, uma ex-cagadora de tempestades assombrada por um encontro devastador com um tornado durante seus anos de faculdade, que agora estuda padrões de tempestades nas telas em seguranga na cidade de Nova York. Ela é atraída de volta às planícies por seu amigo Javi, para testar um novo sistema revolucionário de rastreamento. 

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